Dra. Priscilla Cunha (CRO MG 35415)
Cirurgiã dentista especialista em Ortodontia
A prevenção em Ortodontia começa cedo. Por isso, os pais devem ficar atentos à saúde bucal de seus filhos
Logo quando a dentição das crianças começa a trocar pela permanente, os papais e as mamães acendem um sinal de alerta. Dentes tortos, encavalados, muito juntos ou espaçados podem causar problemas e incomodar o sorriso dos filhos. Este é um tema que os pais comumente têm dúvida: quando devo levar o meu filho ao ortodontista?
Uma coisa é certa: a prevenção é sempre uma aliada quando se fala em saúde, e no tratamento ortodôntico não é diferente. As visitas regulares ao dentista e o monitoramento ortodôntico devem começar cedo, para que o profissional consiga acompanhar a evolução da criança e intervir caso seja necessário. Afinal, é mais fácil prevenir do que remediar, não é?
Segundo a recomendação da Associação Americana de Ortodontia, a primeira visita ao especialista deve ser realizada até os 7 anos de idade. Antes disso, o controle da saúde bucal fica a cargo do odontopediatra ou clínico geral, responsáveis em orientar os cuidados com higiene e alimentação da criança. Mas a verdade é que não existe uma idade certa para começar um tratamento, já que ele varia de acordo com a necessidade do paciente.
Aos 6 anos de idade, geralmente, se inicia a troca dos dentes decíduos (ou os chamados dentes de leite) pelos dentes permanentes, o que permite o diagnóstico de distúrbios na irrupção destes dentes. Muitos dentes permanentes podem ficar retidos e não nascer na cavidade bucal ou podem haver casos de ausências congênitas de dentes ou ainda falta de espaço para que todos os dentes se acomodem corretamente na arcada dentária.
Há também as alterações provocadas por hábitos bucais, deletérios como o uso da chupeta e mamadeira e a sucção de dedos, que podem provocar alterações na forma do arco dentário com consequências na fala, respiração e deglutição. Além disso, nesta idade, algumas alterações do crescimento dos ossos da face já são detectáveis e uma intervenção precoce pode ser necessária, principalmente nos casos do crescimento mandibular excessivo. Medidas simples de controle do desenvolvimento da oclusão e da face podem evitar tratamentos ortodônticos-cirúrgicos no futuro ou mesmo diminuir o período de tratamento ortodôntico, simplificando a técnica necessária para tratar.
Após a primeira consulta é recomendável um retorno anual para o monitoramento do desenvolvimento da dentição. Esse cuidado mais próximo deve ocorrer até a formação completa da dentadura permanente, que ocorre por volta dos 12 anos de idade.
Por todos esses motivos, não se deve negligenciar a importância das consultas de rotina no ortodontista. A prevenção é mais simples e economicamente compensadora, além de proporcionar bem-estar e autoestima elevada. A saúde bucal agradece! -— ipê
Cirurgiã Dentista (UFMG)
• Especialista em Ortodontia (ABO-BH/MG)
• Mestra em Ortodontia (UNESP-Araçatuba/SP)
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